O processo é o seguinte:
Desenha-se a lápis as formas que a sombra define assim como as formas que a circundam. Este desenho é apenas um esboço que defina um pouco a estrutura do que queremos desenhar.
Depois com uma cor quente (segundo ele, de noite sem a luz do dia, as superfícies tendem a ter uma cor mais quente, fruto das luzes artificiais). Esta cor é aplicada com muita água para que se dilua. Na demonstração que fez, usou vários tons da mesma cor que aplicou abundantemente e inclinou a folha para que a tinta escorresse. Muito interessante pois assim consegue-se dar a ideia de patina do tempo. A seguir tivemos que esperar que secasse. E aqui as coisas complicaram-se. Esperar que o papel seque de noite, com frio e humidade faz tremer os mais pacientes. Assim uns mais pacientes que outros passamos para a fase seguinte onde aplicamos as sombras utilizando outra cor oposta à primeira. O tempo passou e perto da meia noite passámos à última fase. Aplicamos os tons mais escuros e o branco. Claro que o papel não secou e as cores acabaram por se misturar. Gostei imenso da experiência porque nunca tinha pensado nas cores desta forma. Hei-de experimentar fazê-la de novo deixando secar o papel como o Flávio explicou.
Uma nota final para o empenho do Flávio que à meia noite ainda estava cheio de energia a dar explicações complementares. Como se costuma dizer quem corre por gosto não se cansa.






