Em boa verdade, se os processos de nobilitação foram, na prática e em diversos países europeus, elo de constante ligação entre poderes instituídos e clientelas emergentes, só o estudo destas últimas, numa perspectiva sociológica de história e mobilidade das elites, logrou concitar o interesse dos estudiosos. No geral pouca foi a atenção dispensada à própria trama processual, quer para o caso das habilitações, provas de nobreza e outras, quer quanto ao complexo universo das nuances literário-genealógicas que lhe serviam de enquadramento.Isto, a despeito de todo o cortejo de incidências que, no quotidiano, as acompanhavam: cumplicidades, clientelismo e até má-fé e corrupção, já que as genealogias constituíam «terreno aberto de luta e de conflito»
Trabalho de João Figueirôa-Rego, partilhado pelo autor e adicionado à Biblioteca do blog.
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