Férias ... o repouso



Este vaivém que julho e agosto (com viagens mais próximas ou longas, tráfegos de vária ordem, alterações ao quadro de vida corrente ...) constitui, para além de tudo o mais, uma espécie de coreografia interior. Dir-se-ia que a própria vida solicita que a escutemos de outra forma. De facto é disso que se trata, mesmo que se não diga. É com este imperativo que cada um de nós, mais explícita ou implicitamente, luta: a necessidade irresistível de reencontrar a vida na sua forma pura.

(...) o repouso é uma oportunidade privilegiada para mergulhar mais fundo, mais dentro, mais alto...

Férias José Tolentino Mendonça
In O hipopótamo de Deus e outros textos, ed. Assírio & Alvim