Profissões

Nem sempre é fácil perceber quais eram concretamente as ocupações profissionais dos nossos antepassados, quando temos a sorte de encontrar os seus registos. Ou porque desapareceram na voragem do tempo - já não precisamos mais de lampionistas para iluminar as ruas- ou porque o seu nome mudou e, portanto, já não reconhecemos o seu conteúdo funcional. Daí ter surgido a ideia de fazer um inquérito sobre as profissões que causaram estranheza - e não é fácil encontrar unformações sobre elas - muitas vezes e de reunir informação que lançasse alguma luz sobre o universo profissional dos nossos avós.

Assim iremos reunir sob a etiqueta Profissões todo o material informativo que coligirmos.

Negociantes, homens de negócio, capitalistas, comissários de fazendas ou comissários volantes, tratantes, mercadores, tendeiros —para já não falar de almocreves, vendilhões e bufarinheiros—, quantas expressões para designar os agentes do comércio e da finança. À variedade dos termos corresponderá exactamente a diversidade das condições?

É a questão a que o autor do artigo se propõe responder.

Jorge Miguel Pedreira, Os negociantes de Lisboa na segunda metade do século XVIII