Da minha tarde com os veleiros saíram dois desenhos muito distintos entre si. O primeiro foi um desenho muito controlado, essencialmente um exercício de medições por triangulação. É infernal tentar localizar correctamente os pontos de referência no meio de tantos cabos e mastros, e por isso mesmo é um desafio irrecusável para quem como eu anda um bocado obcecado com os métodos de medição.
Um aspecto curioso é que as linhas diagonais que servem de referência, e que geralmente são linhas imaginárias, eram neste caso quase linhas reais, porque correspondiam à localização de algumas das cordas entre os mastros. O veleiro já vem triangularizado de origem! :)

O segundo desenho foi o oposto. Trata-se do bote da Sagres (o mesmo que pode ser descortinado no primeiro desenho, ao fundo, a bombordo junto à popa) desenhado sem medições, directamente a pincel, e brincando alegremente com as luzes e sombras, sem preocupações de rigor. Porque é preciso manter o equilíbrio mental :).






