
A dura realidade
por Sandra Ugrin
sandraugrin@opatifundio.com
Típico Musseque da periferia de Luanda, capital de Angola
ANGOLA - O pôr do sol em Luanda é lindo, cada dia de uma cor. Mas hoje vi muito de perto a realidade de mais de 70% da população de Luanda. O motorista que foi me pegar veio cortando caminho pelas musseques (favelas), mas por regiões que nem nos meus piores pesadelos eu poderia imaginar.
Não tenho fotos para mostrar, já que aqui não se pode fotografar a miséria e corre-se o risco de ficar sem câmera.
Ver mulheres carregando pesadas bacias com coisas na cabeça para vender, grávidas e com outro bebê amarrado nas costas é lugar comum em Angola, mas ver uma criança com deficiência mental acorrentada a uma roda é difícil de digerir.
Ver lixo na rua é comum em Luanda, mas ver uma rua inteira cheia de lixo com crianças pequeninas brincando enquanto as galinhas que logo vão virar janta se alimentam de lixo em putrefação, é difícil de processar.
Ver crianças magricelinhas é parte da paisagem, mas ver crianças carregando crianças nas costas com seus cabelos amarelados não é tão poético como as fotos podem parecer.
A primeira criança que eu vi com os cabelos amarelos eu achei que era blondor, talvez alguma moda maluca daqui, mas descobri que o amarelo dos cabelos é devido à desnutrição.
Mulheres cozinhando no chão em pequenas brasas de carvão, mulheres com latas de água na cabeça, mulheres com botijão de gás na cabeça, mulheres, mulheres…
Luanda é uma cidade machista e as mulheres dão um duro danado.
Sandra Ugrin é brasileira, trabalha em Luanda na área de marketing com inteligência de mercado. Para saber desta e de outras histórias, acesse o blog Menina de Angola.
Fonte: Opatifundio.com
por Sandra Ugrin
sandraugrin@opatifundio.com
Típico Musseque da periferia de Luanda, capital de Angola
ANGOLA - O pôr do sol em Luanda é lindo, cada dia de uma cor. Mas hoje vi muito de perto a realidade de mais de 70% da população de Luanda. O motorista que foi me pegar veio cortando caminho pelas musseques (favelas), mas por regiões que nem nos meus piores pesadelos eu poderia imaginar.
Não tenho fotos para mostrar, já que aqui não se pode fotografar a miséria e corre-se o risco de ficar sem câmera.
Ver mulheres carregando pesadas bacias com coisas na cabeça para vender, grávidas e com outro bebê amarrado nas costas é lugar comum em Angola, mas ver uma criança com deficiência mental acorrentada a uma roda é difícil de digerir.
Ver lixo na rua é comum em Luanda, mas ver uma rua inteira cheia de lixo com crianças pequeninas brincando enquanto as galinhas que logo vão virar janta se alimentam de lixo em putrefação, é difícil de processar.
Ver crianças magricelinhas é parte da paisagem, mas ver crianças carregando crianças nas costas com seus cabelos amarelados não é tão poético como as fotos podem parecer.
A primeira criança que eu vi com os cabelos amarelos eu achei que era blondor, talvez alguma moda maluca daqui, mas descobri que o amarelo dos cabelos é devido à desnutrição.
Mulheres cozinhando no chão em pequenas brasas de carvão, mulheres com latas de água na cabeça, mulheres com botijão de gás na cabeça, mulheres, mulheres…
Luanda é uma cidade machista e as mulheres dão um duro danado.
Sandra Ugrin é brasileira, trabalha em Luanda na área de marketing com inteligência de mercado. Para saber desta e de outras histórias, acesse o blog Menina de Angola.
Fonte: Opatifundio.com





