O ex-chefe da guarda presidencial é apontado como o responsável pelo golpe de Estado que destituiu, nesta quarta-feira, o Presidente da Mauritânia Sidi Ould Sheikh Abdallahi (70) detido na sua residência, em Nouakchott, e do primeiro-ministro do país. A ação dos militares começou horas depois de os líderes do país terem afastado quatro militares do alto escalão das Forças Armadas deste país, ex-colônia francesa, do noroeste africano. Vale aqui salientar que a República Islâmica da Mauritânia (terra dos Mouros, do latim), país coberto por desertos, com mais de três milhões de
habitantes, tem uma longa história de golpes de Estado.A União Africana já condenou o golpe e solicitou o regresso dos militares aos quartéis e a libertação imediata e incondicional do presidente e o primeiro-ministro.
No mundo moderno não cabe mais esse comportamento, principalmente quando eleito democraticamente. Alguém, algum dia, já imaginou tanques circulando pelas ruas de Washington e a tropa tomando de assalto a Casa Branca? O poder deve ser conquistado nas urnas. Na África, infelizmente, é assim: tudo que não presta dá certo: ditaduras, golpes de Estados, governantes que detestam alternância de poder, corrupção, nepotismo, enriquecimentos de mesmas pessoas, só a mesma turma no poder, etc.





