É marmelada. As eleições em Angola foram marcadas por verdadeiras atrapalhadas, típico de eleições improvisadas. Assembléias que não funcionaram em certas províncias, inclusive em Luanda e muitas começaram a funcionar muitas horas depois da programada. Isso parece ser cantimba da equipe que quer que o jogo continue no outro dia, para que durante o interregno montem outras estratégias.A Assembleia de Voto de Anangola aceitou eleitores não inscritos em seus cadernos eleitorais.
Em Luanda, até às 12h a Comissão Nacional eleitoral não tinha credenciado os mesários das Assembléias de voto, o que deveria ser feito, pelo menos, 8 dias antes.

Em Benguela, 12 militares fardados colocaram-se na fila para votar embora a lei proíba votar fardado.
A Assembleia de voto na Ilha, perto do Jango Veleiro, encerrou as 11h10 pela escassez do material.
A cidade de Lobito, reduto dominado pela UNITA, foi colocada na marca de penalte. Até às 12h 30 não havia boletins de votos para que cidadãos exercessem o sagrado dever de votar.
Muitos Delegados que acompanham o processo de votação nas Assembléia de voto foram vistos a induzir mais velhos “analfabetos” a votarem no "partido do coração", que é o Slogan do MPLA.
Em Viana, alguns mesários, quando chegaram no local para onde foram nomeados, encontraram outros em seus lugares.
Segundo uma nota tornada pública pela FpD informa:
- O regime está a fazer tudo o que pode para provocar a abstenção e pensou que havia conseguido, acontece que o que está acontecer são enormes filas de povo que quer votar. A população não se quer abster do voto. O que está a acontecer é que os jovens e e toda a população está em prontidão para o voto.
A CNE e o regime estão a forçar indirectamente os luandenses a não votar. Tanto dinheiro dado, tantos carros para meter o povo a sofrer mas o povo não larga do direito ao voto.
Os membros das assembléias de voto não têm condições de trabalho, o regime negou-lhes. Que vergonha, o "10", quer marcar com batota. Querem vencer pelo cansaço. Mas o povo está firme para votar e está firme para fiscalizar a fraude!
- Pouca vergonha: Polícias estão a distribuir boletins de voto e a ensinar a votar. As assembleias e a CNE estão totalmente desorganizadas! Reporta a vigilância popular na assembleia de voto 04.17343, km9 em Viana.
- Durante o dia a cobertura televisiva da TPA (Televisão Pública de Angola) não cessou de fazer passar quer pelos seus jornalistas quer por fala de entrevistados, as frases e slogans associados ao partido MPLA, como: "votar no partido do coração", "Angola mudar para melhor".
- A mesa da Assembleia de voto numero 047104, sito no Bairro Operário, em Luanda, abriu às 8 horas e encerrou às 10 horas, por falta de boletins de voto.
- O povo da Huila está revoltado com a CNE. A CNE está a levar com pedradas na Huila por fazer mau trabalho.
- Agora chega a informação de que no Cacuaco, houve queda da energia elétrica. A maior parte das assembleias de voto estão a contar os votos à luz da vela.
- No Bairro Grafanil, Viana, corte de energia. As urnas continuam nas assembleias de voto e estão sem protecção.
O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva pediu à Comissão Nacional Eleitoral a realização de novas eleições em Luanda, na próxima sexta-feira.
A chefe da Missão de Observação Eleitoral (MOE) da União Européia, Luiza Morgantini, classificou essas eleições, com base em locais onde visitou de "desastrosas". Ele reconheceu de que houve "problemas de organização e confusão".
Kuata Kanawa, o Secretário de Informações do MPLA, que chegou às 5 no local de votação e só votou às 11 horas, reconhece que a CNE ainda não possui experiência em realizar eleições. Um comunicado do MPLA afirma que "orientou o mandatário da sua candidatura para junto da CNE dar conta destas ocorrências, tendo apelado a tomada de mediadas pertinentes com vista a solução de tais insuficiências.
No entanto, a CNE anunciou que eleitores Luanda continuarão a votar neste sábado, como o MPLA gostaria que acontecesse.





